quarta-feira, 15 de maio de 2013

Crise na Santa Casa: População aguarda até seis horas por atendimento



Prefeitura não é a responsável por gerir a Santa Casa.


Na terça-feira, 14 de maio, usuários do Pronto Socorro, Hospital Dr. Renato Silva estavam revoltados devido à demora no atendimento com médico plantonista, que segundo apurou a reportagem, alguns ficaram por até seis horas à espera de atendimento. Tal fato gerou repercussão em toda cidade, sendo que reclamações relativas ao hospital local já haviam sido feitas em entrevista do presidente da Câmara, João Pinhoni Neto, na Rádio Socorro AM, no último dia 10. Ao tomarem ciência do problema e da grande reclamação dos cidadãos, os vereadores João Pinhoni e Thiago Balderi estiveram presentes no Hospital, conversando com populares e ouvindo suas reclamações.
Uma audiência com os vereadores foi proposta pelo Presidente Câmara, junto ao provedor do Hospital, senhor Valter Artioli, que afirmou que irá apresentar um balanço dos atendimentos da Santa Casa dos últimos oitos anos. Além de participar da sessão ordinária, no próximo dia 03 de junho, fazendo uso da Tribuna para prestar os esclarecimentos necessários. De acordo com Valter, um dos motivos na demora no atendimento aos usuários é a grande demanda, chegando há um número de até 190 atendimentos ao dia, o que para ele é muito alto, até mesmo para dois médicos plantonistas (no dia só havia um), salientando que a população precisa entender que a Santa Casa não é ambulatório médico.
Segundo vereador Thiago, o mesmo passaria as reclamações que ouviu para um jornal de circulação local. Já o Presidente da Câmara em conversa com a reportagem afirmou que irá solicitar informações sobre a ‘OS’ Organização Social, que obteve aprovação pela Câmara, que seria responsável pela contratação de médicos para atendimento à pacientes junto à Santa Casa do município. E que solicitará informações sobre quem são os responsáveis pela contratação desses médicos, quanto de dinheiro está sendo gasto, e qual empresa foi contratada para prestação desses serviços.
De acordo com informes, seria necessário salientar a população, que a responsabilidade por gerir o Hospital, ou seja, administrá-lo, são dos provedores, e não da Prefeitura, sendo de obrigação do Executivo Municipal encaminhar verbas para atendimento aos populares, com valores estabelecidos mediante contrato, o que giraria em torno de R$300 mil. Que em conjunto da verba SUS, esses os valores chegariam até R$ 340 mil, segundo o provedor.
A reunião para esclarecimentos contou com a presença do provedor Valter Artioli, do Presidente da Câmara João Pinhoni, e do responsável pela pasta da Assistência Social, Franks Prado. O diretor do Departamento de Saúde, Dr. Alan não compareceu, pois estava em outro compromisso. Em conversa com algumas das pessoas que estavam na fila de espera como o Sr. Osni de Oliveira, 57 anos, aposentado, morador do bairro Lavras de Cima, estava com inchaço na testa, que causava forte dores de cabeça, esperando o atendimento com plantonista, desde as 10 horas, fato não ocorrido até às 4 horas da tarde.
Já Tiago Bassi, 26 anos, funcionário da empresa Krill, estava no local desde às 10h45, a espera do médico de plantão, para fazer um Raio X do pulso, com suspeita de tendinite, também não sendo atendido e indo embora, após quase cinco horas de espera. Outra cidadã que foi embora foi à senhora Maria de Fátima Godoi Palpine, 58 anos, pensionista, com sintomas de virose como vômito e diarreia, desistindo do atendimento, após esperar desde o meio dia. Já Beatriz A.P. Pinto, 20 anos, que acompanhava uma colega com sintomas como forte dor de barriga, vômito, e desmaio (fato acontecido na casa da paciente), também estavam revoltadas com a demora, pois haviam chegado ao Hospital por volta das 11 da manhã, e após cinco horas de espera, ainda aguardavam atendimento médico. 






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